Andréia da Cunha Malheiros Santana e José Carlos Rothen
Este artigo tem como objetivo discutir o impacto do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (SARESP) e do Índice de Desenvolvimento da Educação no Estado de São Paulo (IDESP) na formação continuada de professores. Leia mais A avaliação externa das escolas e a formação continuada de professores: o caso paulista
Category Archives: Textos científicos
Abordagens de avaliação educacional: a constituição do campo teórico no cenário internacional
Regilson Maciel Borges e José Carlos Rothen
Este artigo apresenta uma revisão teórica das principais abordagens de avaliação que marcaram a trajetória da avaliação educacional no cenário internacional. Leia mais Abordagens de avaliação educacional: a constituição do campo teórico no cenário internacional
As Armadilhas do Discurso sobre a Avaliação da Educação Superior
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Os discursos das propostas de avaliação da educação superior tornam-se armadilhas ao não articularem o seu para quê?, para quem?, o quê? e como?. Neste artigo, explicita-se como tais armadilhas são construídas a partir da análise de uma proposta de planejamento e avaliação de uma instituição pública do Estado de São Paulo. A análise da proposta tem como base as ideias de Paulo Freire e outros autores que investigaram a proliferação dos sistemas de avaliação como controle. Conclui-se que, na construção discursiva das diferentes propostas de avaliação, frequentemente, está presente a ideia de controle. Embora utilizem um discurso emancipatório, elas instauram um instrumento de controle quantitativo que pode gerar um aumento da exclusão, do produtivismo e da competição. Leia mais As Armadilhas do Discurso sobre a Avaliação da Educação Superior
O discurso da gestão democrática na Revista Brasileira de Política e Administração da Educação (1995-2004)
Ana Lucia Calbaiser da Silva; Jaime Farias ;José Carlos Rothen
Este estudo buscou investigar a participação da Revista Brasileira de Política e Administração da Educação (RBPAE) na construção do discurso educacional brasileiro, a partir da análise dos artigos publicados nessa revista no período de 1995 a 2004. A metodologia pautou-se pela articulação da bibliometria com a análise do discurso foucaultiana. A RBPAE foi considerada, neste estudo, como veículo de divulgação científica que participou do processo de dispersão do discurso educacional por meio da preponderância do discurso da gestão democrática. Leia mais O discurso da gestão democrática na Revista Brasileira de Política e Administração da Educação (1995-2004)
A atuação dos intelectuais da libertação nas páginas da REB no período de 1972 a 1986
Egberto Pereira dos Reis e José Carlos Rothen
O presente artigo tem como objetivo descrever como os intelectuais da libertação atuaram entre os anos de 1972 a 1986, descritos na Revista Eclesiástica Brasileira. Leia mais A atuação dos intelectuais da libertação nas páginas da REB no período de 1972 a 1986
Tecnocracia e educação: a utopia político-social saintsimoniana
Tecnocracia e educação: a utopia político-social saintsimoniana
Flávio Reis Santos José Carlos Rothen
O objetivo do presente estudo é o de identificar a fundamentação tecnocrática contada na obra de Saint Simon para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, bem como apontar a utilidade instrumental do campo educacional para a adequação dos sujeitos aos padrões definidos e/ou convencionados pela sociedade. Para tanto, optamos por empreender uma pesquisa de cunho bibliográfico, na razão em que acreditamos que os livros e as obras de referência constituem fonte perene da qual é possível retirar as evidências de que precisamos para sustentar teoricamente as nossas declarações e argumentações. No seio da utopia saintsimoniana, concluímos que a sociedade tecnocrática pode ser apreendida pela primazia da eficiência técnica produtiva, pela utilização e aplicação racional dos recursos materiais e intelectuais, pela valorização das atividades inerentes ao exercício da autoridade profissional na perspectiva de garantir o bem-estar individual e coletivo de toda a sociedade. Leia mais Tecnocracia e educação: a utopia político-social saintsimoniana
Avaliação educacional brasileira na década de 1980: o campo entre duas abordagens
Regilson Maciel Borges e José Carlos Rothen
O artigo analisa a configuração do campo científico da avaliação educacional no Brasil na década de 1980, identificando os agentes que o constituíam e as suas contribuições teóricas sobre a temática da avaliação. Realizou-se uma pesquisa de caráter bibliográfica e documental, associada às estratégias dos estudos bibliométricos e à análise de conteúdo.
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A educação superior em prova: o perfil da educação superior apresentado pelos resultados do Enade 2005 e 2006
Este artigo tem como objetivo discutir se a educação superior brasileira cumpre o papel de democratizar as oportunidades ou, ao contrário, aumentar as diferenças entre os indivíduos. Para isso, analisam-se os resultados do Enade 2005 e 2006, compara-se o desempenho dos alunos ingressantes com o dos concluintes. Com o estudo observa-se que nas questões de formação profissional o desempenho dos concluintes é superior ao dos calouros. Contudo, verifica-se que o desnível cultural científico dos egressos é maior do que dos ingressantes, a tal ponto que a maioria dos concluintes não consegue elaborar uma resposta às questões discursivas de sua formação profissional. Conclui-se que os resultados do Enade reforçam a ideia de que a superação da elitização da educação superior brasileira não se resolve apenas ampliando o acesso, mas principalmente na qualificação da permanência do aluno. Leia mais A educação superior em prova: o perfil da educação superior apresentado pelos resultados do Enade 2005 e 2006
A “RAIES” e a Revista Avaliação a construção de um marco teórico, político e metodológico
José Carlos Rothen e Gladys Beatriz Barreyro
O texto estuda o “saber” produzido por um dos grupos da rede de poder que criou as políticas de avaliação da educação superior brasileira, reconstruindo o regime de verdade que regula a distribuição dos enunciados na visão emancipatória da avaliação. Ou seja, tendo como referência Foucault: o conjunto de procedimentos regulados para a produção, a repartição, a circulação e o funcionamento dos enunciados. Toma-se como fonte a produção acadêmica publicada na Revista Avaliação pelos membros da Rede de Avaliação Institucional da Educação Superior (RAIES), no período 1996-2002 que é complementada com entrevistas realizadas a membros do grupo. Concluise que a rede elaborou e instituiu um discurso sobre a existência de uma concepção de avaliação: institucional, formativa, participativa, desenvolvendo os seus fundamentos e elaborando uma teoria dessa visão da avaliação. Essa concepção foi colocada como alternativa e contraposição ao Exame Nacional de Cursos, instaurando uma dicotomia entre duas visões de avaliação: a da avaliação institucional formativa/emancipatória e a de desempenho/resultados. Leia mais A “RAIES” e a Revista Avaliação a construção de um marco teórico, político e metodológico
A Revista Avaliação
No contexto da Reforma do Estado promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso, ocorreu forte expansão da educação superior via iniciativa privada. O Exame Nacional de Cursos (Provão) foi concebido como mecanismo do controle da qualidade dos cursos de graduação via mercado. No governo Lula, criou-se o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) que, na sua proposta original, afastar-se-ia da concepção do Provão, mas que, na sua implantação, acabou por criar mecanismo
que o reforçou. O artigo resgata o posicionamento dos formuladores do SINAES sobre o seu processo de implantação e, como fonte, utiliza-se dos artigos publicados na Revista Avaliação, entre os anos de 2003 e 2010. Leia mais A Revista Avaliação
O regime militar, os direitos humanos e a igreja (1972 – 1986)
Egberto Pereira dos Reis José Carlos Rothen
O presente artigo tem como finalidade abordar a postura da Igreja Católica, diante do regime militar e dos direitos humanos. A nossa pesquisa tem como fonte principal a Revista Eclesiástica Brasileira (REB) no período entre 1972 a 1986. Inicialmente a Igreja apoia o golpe cívico/militar e depois parte dela denuncia as violações de direitos humanos por parte do regime. Assim, identificamos tendências conservadoras e progressistas na instituição eclesial, travando guerras de posição segundo a concepção de Gramsci.
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Comissão própria de avaliação: dois lados de uma mesma moeda
Joelma dos Santos Bernardes e José Carlos Rothen
Este artigo, que apresenta um estudo de caso realizado na Universidade Federal de São Carlos, tem a intenção de analisar e compreender se a autoavaliação institucional desenvolvida pela Comissão Própria de Avaliação se aproxima da perspectiva regulatória ou da emancipatória. Para tal, a pesquisa documental e o levantamento bibliográfico foram utilizados neste trabalho. Concluiu-se que o processo de avaliação institucional demanda tempo, gera trabalho, conflito e nem toda a comunidade acadêmica percebe a importância desse tipo de avaliação para a gestão institucional. A Comissão mostrou ter dificuldade em discutir os resultados da avaliação institucional com a comunidade em virtude do pouco tempo estabelecido pela regulamentação, de forma que a autoavaliação institucional desenvolvida pela universidade aproxima- se, em alguns momentos, da avaliação regulatória e, em outros, da avaliação emancipatória. Leia mais Comissão própria de avaliação: dois lados de uma mesma moeda
O Termo Qualidade na Revista Ensino Superior: uma pesquisa que buscou a concepção de qualidade no Ensino Superior Privado
Letícia Bortolin e José Carlos Rothen
O trabalho tem como objetivo explicitar a concepção de qualidade construída (e utilizada) pelas instituições de ensino superior privadas. Leia mais O Termo Qualidade na Revista Ensino Superior: uma pesquisa que buscou a concepção de qualidade no Ensino Superior Privado
1.1 Políticas de expansão da educação superior no Brasil pós-ldb/96 – desafios para a avaliação
A análise desenvolvida caracteriza o cenário global e local onde foram elaboradas as políticas de expansão da Educação Superior e as concepções de avaliação, nos governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC) – 1995-2002 – e de Luiz Inácio Lula da Silva – 2003-2010. Conclui que o grande desafio que se coloca na atualidade é como assegurar um processo de avaliação permanente que garanta a associação do aumento de vagas no ensino superior à exigência de qualidade do ensino. Leia mais 1.1 Políticas de expansão da educação superior no Brasil pós-ldb/96 – desafios para a avaliação
1.2 A relação expansão-avaliação da educação superior no período pós-LDB/1996.
“Foram analisados os movimentos de expansão e os resultados da avaliação para, no âmbito das vertentes teóricas de avaliação – promoção da qualidade ou controle – compreender as relações estabelecidas entre processo avaliativo, crescimento, qualidade e regulação da ES no Brasil. Privilegiou-se o objetivo, enunciado nas diretrizes de política do setor, da avaliação orientar a expansão da ES, considerando ainda como a mídia repercutiu esse tema no período. A distinção entre o Governo dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) evidenciou que a política de expansão, capitaneada pelo setor privado mercantil, seguiu dinâmica própria, sem interferência dos processos avaliativos, ainda que submetida às regras e instruções normativas dadas pelo Estado. Quanto à política de avaliação, no Governo FHC tem-se uma concepção regulatória e focada no produto e no Governo Lula uma proposta de avaliação como promoção de qualidade com análises qualitativas e globais – consubstanciada no SINAES, que propunha avaliar de forma integrada estudante, curso e instituição. Resultados apontam para regularidade apenas na aplicação dos exames (ENC/ENADE) e pequeno volume de avaliações in loco, além de invisibilidade, na mídia, sobre este tipo de processo. Conclui-se que, apesar das distintas propostas/concepções, nos dois governos as ações avaliativas ocorreram conforme as demandas da regulação e desvinculadas da política de expansão.” Leia mais 1.2 A relação expansão-avaliação da educação superior no período pós-LDB/1996.
2.1 O Discurso da qualidade em periódicos internacionais e nacionais: uma análise crítica
O artigo faz uma síntese sobre os conceitos de qualidade na educação superior, veiculados em periódicos nacionais e internacionais. Utiliza a metodologia da pesquisa bibliográfica para identificar a concepção de qualidade implícita ou explícita nos periódicos selecionados. Destaca que, nos periódicos europeus, a qualidade da educação está intimamente vinculada à constituição da Comunidade Europeia e do Processo de Bolonha. Afirma que, nos periódicos latinos, há uma tendência a associar qualidade da educação à avaliação e à formação para o mercado de trabalho, enquanto, nos periódicos brasileiros, a qualidade é vista como estratégia de controle e regulação exercida pelo Estado, especialmente por meio da avaliação. Leia mais 2.1 O Discurso da qualidade em periódicos internacionais e nacionais: uma análise crítica
5.1 Parâmetros Oficiais de Qualidade na Avaliação da Educação Superior 2003-2013
Este artigo é fruto de uma pesquisa documental que buscou identificar o conceito de qualidade presente nos documentos oficiais brasileiros no período de 2003 a 2013. Foram analisados os seguintes tipos de documentos: Anais de Eventos, Decretos, Diretrizes, Estudos Técnicos, Manuais, Medidas Provisórias, Notas Técnicas, Ofícios, Portarias, Relatórios de Gestão, Resoluções e Resumos Técnicos. Para análise os usos do conceito qualidade foram organizados em cinco categorias temáticas: Qualidade como base para a fundamentação legal; Qualidade tendo como referência o projeto governamental e/ou projeto institucional; Qualidade como relevância social; Qualidade baseada em índices e indicadores; Quando a qualidade é excelência. Como resultados do estudo realizado observa-se que não existe uma definição única do que seria qualidade, mas sim uma flutuação no uso do termo. Leia mais 5.1 Parâmetros Oficiais de Qualidade na Avaliação da Educação Superior 2003-2013
Gramsci, as revistas, o intelectual e a educação
Neste artigo, abordamos a forma como Gramsci compreendeu o importante papel dos periódicos, principalmente, as revistas como meio difusor de uma nova concepção de mundo na vida do operariado e do povo em geral. Leia mais Gramsci, as revistas, o intelectual e a educação
A divulgação da avaliação da educação na imprensa escrita: 1995-2010
A imprensa, a partir de meados da década de 1990, tornou-se um dos atores importantes para a consolidação das políticas de avaliação da educação na realidade brasileira. Usando como fonte documental o jornal Folha de S. Paulo, as revistas Veja e Época, no período compreendido entre 1995 e 2010, no artigo reconstrói-se a maneira como estes meios de comunicação impresso divulgam e fazem uso dos resultados das avaliações. Conclui-se que as mídias analisadas têm contribuído para a legitimação da avaliação da educação e é presente nas matérias a ideia de que a avaliação é uma prova que permite controlar a qualidade da educação.
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Uma proposta metodológica para a leitura de textos em avaliação educacional
Regilson Maciel Borges e José Carlos Rothen
Uma proposta metodológica para a leitura de textos em avaliação educacional que focaliza a avaliação de programas educacionais. Utilizou-se, enquanto procedimento metodológico, a epistemologia política formulada por Rothen (2004). Da análise realizada é possível constatar que a definição do que seja avaliação é o ponto primordial para a compreensão de questões relacionadas ao seu alcance, aos seus métodos e mesmo as suas limitações. Os principais problemas apontados pelos autores enfocam, necessariamente, a questões de cunho metodológico, que acabam por incidir sobre os momentos nos quais se busca obter consenso. Leia mais Uma proposta metodológica para a leitura de textos em avaliação educacional