Analíse crítica do modelo de avaliação brasileiro tendo como referência os princípios do Sinaes e o uso da avaliação para a regulação
José Carlos Rothen
Estudos,Brasília,v.29,nº.40,p.97-113,dez..2012
A educação superior em prova: o perfi l da educação superior apresentado pelos resultados do Enade 2005 e 2006
José Carlos Rothen
Fernanda Nasciutti
Este artigo tem como objetivo discutir se a educação superior brasileira cumpre o papel de democratizar as oportunidades ou, ao contrário, aumentar as diferenças entre os indivíduos. Para isso, analisam-se os resultados do Enade 2005 e 2006, compara-se o desempenho dos alunos ingressantes com o dos concluintes. Com o estudo observa-se que nas questões de formação profissional o desempenho dos concluintes é superior ao dos calouros. Contudo, verifica-se que o desnível cultural científico dos egressos é maior do que dos ingressantes, a tal ponto que a maioria dos concluintes não consegue elaborar uma resposta às questões discursivas de sua formação profi ssional. Conclui-se que os resultados do Enade reforçam a ideia de que a superação da elitização da educação superior brasileira não se resolve apenas ampliando o acesso, mas principalmente na qualificação da permanência do aluno.
Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 11, n. 32, p. 187-206, jan./abr. 2011
Políticas de expansão da educação superior no Brasil pós-ldb/96 – desafios para a avaliação
Maria das Graças Medeiros Tavares
Stela Maria Meneghel
Fabiane Robl
Gladys Beatriz Barreyro
José Carlos Rothen
José Vieira de Sousa
o presente trabalho contém parte dos resultados da pesquisa interinstitucional intitulada Políticas de Avaliação e Expansão da Educação Superior no Brasil pós-LDB/1996 que vem sendo desenvolvida por pesquisadores vinculados ao Grupo de Trabalho de Políticas de Educação Superior da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação GT 11 da ANPEd. A pesquisa faz parte do Projeto Integrado UNIVERSITAS/Br que objetiva investigar de maneira mais abrangente o fenômeno da expansão e avaliação da Educação Superior no Brasil pós1996. A análise desenvolvida caracteriza o cenário global e local onde foram elaboradas as políticas de expansão da Educação Superior e as concepções de avaliação, nos governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC) – 1995-2002 – e de Luiz Inácio Lula da Silva – 20032010. Conclui que o grande desafio que se coloca na atualidade é como assegurar um processo de avaliação permanente que garanta a associação do aumento de vagas no ensino superior à exigência de qualidade do ensino.
repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/9254/1/ARTIGO_PoliticasExpansaoEducacao.pdf
A universidade de elite ou para todos?
José Carlos Rothen
O artigo parte da hipótese de que o Conselho Federal de Educação (CFE) – órgão colegiado vinculado ao Ministério da Educação e com poderes normativos – participou efetivamente da elaboração da legislação da Reforma Universitária de 1968. Durante a
década de 1960, buscou, via jurisprudência estabelecida por seus pareceres, elaborar uma Reforma. Tem-se por objetivo resgatar os pressupostos e os argumentos nos quais os Conselheiros fundamentavam a posição da constituição de uma universidade de elite. Parte significativa dos debates no interior do CFE foi publicada na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, editada pelo Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, órgão vinculado ao Ministério da Educação. As matérias divulgadas pelos Conselheiros nessa revista, entre os anos de 1962 (ano de instalação do Conselho) e 1968 (ano da reforma), constituem a fonte primária utilizada. Conclui-se que os conselheiros consideravam a expansão da educação superior como um falso problema; segundo eles, a resposta a essa questão acarretaria em um crescimento desordenado do sistema e na reprodução de um modelo de universidade que já não atenderia às necessidades do país. A verdadeira questão seria exatamente de como controlar a expansão.
www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/37/art08_37.pdf
Política pública, o trabalho e a formação docente. Referências para uma agenda de pesquisa
José Carlos Rothen
Celso Luiz Aparecido Conti
O artigo discute referências teóricas para a realização de pesquisas relativas à influência de políticas públicas no trabalho e na formação docente. Toma como ponto de partida a concepção, proposta por Foucault, de que o poder não existe por si só e que ele se estabelece em relações difusas. Nesse contexto, para a investigação a respeito da elaboração e implantação das políticas públicas é necessário identificar os pólos que estão atuando. Em um primeiro momento apresentam-se aspectos gerais das políticas educacionais e, em um segundo, as vinculações entre essas com o trabalho e a formação docente. Conclui-se que a contribuição dessas pesquisas ocorre à medida que contribuem para diagnosticar o alinhamento e/ou o descompasso das políticas públicas com o trabalho e a formação docente.
www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/175/101
Expansão da educação superior no Brasil e avaliação institucional: um estudo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) na “Revista Avaliação”
José Carlos Rothen
Gladys Beatriz Barreyro
No contexto da Reforma do Estado promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso, ocorreu forte expansão da educação superior via iniciativa privada. O Exame Nacional de Cursos (Provão) foi concebido como mecanismo do controle da qualidade dos cursos de graduação via mercado. No governo Lula, criou-se o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) que, na sua proposta original, afastar-se-ia da concepção do Provão, mas que, na sua implantação, acabou por criar mecanismo
que o reforçou. O artigo resgata o posicionamento dos formuladores do SINAES sobre o seu processo de implantação e, como fonte, utiliza-se dos artigos publicados na Revista Avaliação, entre os anos de 2003 e 2010.
Avaliação, agências e especialistas: padrões oficiais de qualidade da educação superior
José Carlos Rothen
Gladys Beatriz Barreyro
O texto discute a questão do estado avaliador/ regulador no Brasil após a LDB/1996, focalizando as agências e instituições que julgam e definem os padrões de qualidade da educação superior (graduação). No início do governo FHC, a definição destes padrões ocorria no âmbito do MEC, pelas Comissões de Especialistas e, depois, pelo INEP. No governo Lula, foram criadas instâncias com o papel de coordenar a avaliação, sendo a definição dos critérios de qualidade, de competência das Secretarias do MEC e da CONAES. Assim, durante todo o processo pós-LDB, a definição da qualidade foi realizada por acadêmicos, reunidos em diversas comissões, que se foram formalizando e institucionalizando, visando à legitimação da avaliação pela profissionalização.
Ensaio: aval.pol.públ.Educ. vol.17 no.65 Rio de Janeiro out./dez. 2009
A Educação Superior em Prova: O perfil da Educação Superior apresentado pelos resultados do ENADE 2005 e 2006
José Carlos Rothen
Fernanda Nasciutti
A comunicação está inserida na discussão de saber se a Educação Superior cumpre um papel de democratização ou aumenta as diferenças entre os indivíduos. Tomam-se para estudo os resultados do ENADE 2005 e 2006, comparando os resultados dos ingressantes com os dos concluintes no componente de formação geral, específica e o resultado global. A análise dos resultados foi realizada tendo em vista a ressalva de que o ENADE é um instrumento limitado. Observa-se que o desempenho dos concluintes é melhor, sendo maior na formação específica; que o resultado dos concluintes é mais heterogêneo comparado com o dos ingressantes; que muitos dos formandos não conseguem elaborar uma resposta as questões dissertativas da sua área profissional e que em todos os cursos a maior nota dos ingressantes é maior do que a do concluinte mediano. Como conclusão interpreta-se: a ênfase da Educação Superior é na formação profissional e o ENADE reforça a idéia de que a elitização da Educação Superior Brasileira não se dá apenas no acesso, mas também, pelo fato de que os seus egressos têm um desnível cultural científico maior do que os seus ingressantes.
31 Reunião Anual da ANPED.Constituição Brasileira, Direitos Humanos e Educação Caxambu, 2008.
Política de avaliação e regulação da educação superior brasileira
Gladys Beatriz Barreyro
José Carlos Rothen
Avaliação, agências e especialistas: padrões oficiais de qualidade da educação superior
José Carlos Rothen
Gladys Beatriz Barreyro
Discute o caso brasileiro de adoção do estado avaliador/regulador, enfatizando, no pós LDB/1996, nas agências e instituições que julgam e definem os padrões de qualidade da educação superior. No governo FHC, a definição ocorria no âmbito do MEC, no início, pelas Comissões de Especialistas e depois pelo INEP. No governo Lula, criaram-se instâncias com o papel de coordenar a avaliação, sendo de competência das Secretarias do MEC e da CONAES a definição dos critérios de qualidade. Visando à legitimação, instalaram-se diversas comissões com acadêmicos especializados, profissionalizando a avaliação.
Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 2009, vol.17, n. 65,
Também publicado com o título “A definição dos padrões de qualidade na avaliação da educação superior: agências e comissões de especialistas.” Anais do XXIII Simpósio Brasileiro – V Congresso Luso-Brasileiro – I Colóquio Ibero-Americano de Política E Administração Da Educação. Rio de Janeiro: ANPAE, 2007
A docência no ensino superior: apontamentos para debate e reflexão acerca da atividade docente no ensino superior
José Carlos Rothen
Joyce M. A. Paula Silva
Márcia. Reane Pechula
VIII Congresso estadual paulista sobre formação de educadores, 2005, Águas de Lindóia. VIII Congresso estadual paulista sobre formação de educadores: modos de ser educador: artes e técnicas – ciências e políticas, 2005. p. 100-103
Refletindo sobre as diversas perspectivas da avaliação educacional
Antônio Wilson Pagotti
José Carlos Rothen
Roberto Valdés, Silvia Ester Orrú. (Org.). As múltiplas faces da avaliação: teoria e prática na educação.. 1 ed. São João da Boa Vista: Editora da UNIFEOB, 2004, v. , p. 225-240
O vestibular do Provão
José Carlos Rothen
O artigo é uma contribuição ao debate sobre o Exame Nacional de Cursos, aplicado anualmente pelo Ministério da Educação. Neste trabalho pretende-se mostrar que os conceitos divulgados pelo Ministério da Educação, ao invés de apresentarem a eventual qualidade dos cursos de graduação, a escondem ou distorcem. Para o estudo são utilizados como dados primários as notas de corte para os conceitos “A”, “B”, “C”, “D” e “E” atribuídos, desde 1999, às áreas que são avaliadas por esse instrumento. Ao compararem-se as notas de conrte com a nota obtida pelo curso de melhor desempenho de cada área observa-se que há discrepâncias significativas quanto ao desempenho entre as áreas.
Revista Avaliação, Campinas, v. 8 n 1, p. 27-37, 2003.
José Dias Sobrinho; Dilvo I. Ristoff (Org.). Avaliação e compromisso público: a educação superior em debate. 01 ed. Florianopolis: Insular, 2003, v. , p. 113-123
O Vestibular do Professor: Certificação e Formação de Professores da Educação Básica
José Carlos Rothen
O artigo tem como objeto de estudo a Portaria 110 do Ministério da Educação publicada em 10 de junho de 2003, que dispõe sobre a implantação do Sistema Nacional de Certificação e Formação Continuada de Professores da Educação Básica. A análise é uma contribuição para a discussão dos motivos e das conseqüências da implantação de um Exame Nacional de Certificação dos Professores para a Educação Básica.
Idéias & argumentos, Americana, v. Ano 3, n. n 7 e 8, p. 132-150, 2003
Seminário Estadual ANPAE-SP, 2003, Sorocaba. Anais do 8º Seminário Estadual ANPAE-SP: Política e Administração da Educação: teorias e Práticas.. Marília : LM Machado, 2003. p. 1-16.
A teoria do capital humano e o provão
José Carlos Rothen
Avaliação e política institucional: estudo dos indicadores qualificação docente na avaliação das condições de oferta de cursos
José Carlos Rothen
Avaliação (Campinas), Campinas, v. 7, n. 3, p. 153-186, 2002.