Avaliação emancipatória


Como pode processos de avaliações, que ocorrem nas instituições escolares, serem de algum modo instrumentos para a promoção da emancipação dos indivíduos? O texto da Andreliza de Souza faz uma instigante argumentação de como a avaliação, que é uma prática social e está intimamente ligada à educação, pode conduzir o indivíduo a ter práticas emancipatórias.
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Andreliza de Souza tece provocações argumentativas para definir a essência genuína da avaliação. Parte do entendimento de que a avaliação visa conhecer o objeto avaliado, para isso, é preciso pormenorizar a realidade por meio de investigação, de diagnóstico, de caracterização, de reconhecimento de sentidos e significados e tantos outros que forem necessários para se obter o máximo de informações práticas e teorias que envolvam a realidade do objeto avaliado, para que a avaliação possibilite a transformação, portanto seja emancipatória.
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Chega um momento no texto, que é explicitado o termo emancipação, para isso, Andreliza de Souza busca autores da Escola de Frankfurt. Emancipação está ligada a ideia da racionalidade, partir de situações concretas que viabilizam desvelar as potencialidades e os obstáculos que fazem parte da realidade para chegar à emancipação. A emancipação possibilita novos caminhos para as incertezas da sociedade, viabilizando uma perspectiva de mudança, de transformação social.
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Andreliza de Souza defende que a avaliação emancipatória pressupõe primeiro o envolvimento dos indivíduos ao transformarem sua própria história, de forma autônoma, mas não é uma autonomia de isolamento, pelo contrário, se faz coletivamente, na ação comunicativa. A avaliação está vinculada à ideia de atribuir valor, sendo emancipatória à medida que indivíduos passam a gerir seus próprios caminhos.
[Resenha elaborada por Joelma dos Santos Bernardes]

Referência

SOUZA, Andreliza Cristina Avaliação e emancipação: a perspectiva da Sociologia da Avaliação. Capítulo do livro Avaliação da educação: referencias para uma primeira conversa

Leia Mais

SAUL, Ana Maria. Na contramão da lógica do controle em contextos de avaliação: por uma educação democrática e emancipatória. Educ. Pesqui., São Paulo , v. 41, n. Esp, p. 1299-1311, Dez. 2015.
GOMES, Luiz Roberto. Educação, consenso e emancipação na teoria da ação comunicativa de Habermas. Publicai UEPG: Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, linguística, Letras e Artes, v. 15, p. 53-63, 2007.
AMBROSINI, Tiago Felipe. Educação e emancipação humana: uma fundamentação filosófica. Revista HISTEDBR [on-line], Campinas, n. 47, p. 378-391, set. 2012..
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