No artigo “Os rankings acadêmicos da educação superior: apontamentos no campo da avaliação educacional”, os pesquisadores Adolfo Ignacio Calderón e Carlos Marshal França nos ajudam a compreender como os sistemas de avaliação, criados na década de 1990, passam a adotar os rankigns como maneira de gerar competitividade entre as instituições de ensino, em conformidade com as estratégias gerenciais de promoção de resultados.
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Os autores analisam a forma como os rankings acadêmicos têm sido abordados no âmbito da produção científica brasileira, com foco na área das Ciências da Educação e nas abordagens e paradigmas da avaliação educacional. Na análise, os autores identificam e classificam as produções científicas em três subgrupos: no primeiro, os artigos analisam os rankings como um fenômeno negativo, relacionado a uma dimensão mercadológica da educação superior, midiática, que emerge da construção de uma política de avaliação governamental de caráter regulatório. O segundo subgrupo reúne trabalhos que compartilham de uma visão crítica dos processos de ranqueamento das IES que se contrapõe a uma avaliação emancipatória, formativa e não classificatória. O terceiro aborda os rankings desde uma ótica mais sistêmica, distante de um enfoque essencialmente teórico-crítico, revelando aspectos positivos do ranqueamento e da concorrência entre IES.
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O estudo realizado pelos autores permite verificar que o ranquemento na educação superior se constitui em uma temática multidisciplinar, que, em termos didáticos, podem ser enquadradas entre abordagens empírico-racionalistas e abordagens críticas ou sociocríticas.
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Os autores concluem o capítulo defendendo a construção de abordagens mais ecléticas, cuja preocupação se volte menos à identificação de abordagens mais pertinentes e mais à combinação de conceitos apresentados por estudos diversos, adaptando-os à situação em pauta.
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[Resenha elaborada por Maria Eliza Nogueira Oliveira]
Referência
Capítulo “Os rankings acadêmicos da educação superior: apontamentos no campo da avaliação educacional”. De Adolfo Ignacio Calderón e de Carlos Marshal França
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