Professor, “sois o sal da terra e a luz do mundo”.
Sem vós tudo seria baço e a terra escura. Leia mais EXALTAÇÃO DE ANINHA (O PROFESSOR)
Category Archives: Poesia
O Menino Que Carregava Água Na Peneira…
Na poesia de hoje visitamos Manoel de Barros. Com ele visitamos a infância, a onde a verdade não está em jogo. A palavra não informa, a palavra … apenas sente … instrumento … não! Apenas palavra. Leia mais O Menino Que Carregava Água Na Peneira…
Vacina
No tempo de pandemia a Arte, a poesia, pode nos ajudar a pensar e sentir o momento que vivemos.
A Poesia é de Vinício Carrilo Martinez e interpretada por José Carlos Rothen Leia mais Vacina
Perfume
Impulso e Pulsar são duas poesias e Catarina Lins personagem do livro Perfume de Mauro Nascimento. Leia mais Perfume
Ofertas de Aninha
Na poesia desta semana, diante deste mundo de comitês do ódio e de desânimo, resgato e declamo “Oferta de Aninha (aos moços)” de Cora Coralina na busca da esperança e na fé no humano.
Veja outras poesias e teleteatros.
Amar é fogo que arde
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões
Autopsicografia Fernando Pessoa
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa, in ‘Cancioneiro’
